os documentários da televisão inglesa...

...são mesmo bons!


Esta semana vi dois brilhantes documentários distintos sobre educação


O primeiro da Teacher's TV mostrava uma turma inglesa de adolescentes nos 10-12 anos ou se calhar um bocadinho de nada mais velhos que aprendem a estudar arte contemporânea. O professor ensinava-os a ver trabalhos fotográficos de estúdio. De onde vem a luz, que interpretação tirar da cor, da sombra, do olhar dos modelos, dos acessórios, cenário, etc. aprendiam as noções de Conceito, Produção, Intenção.
E depois com uma máquina digital qualquer pequena, um tripé, candeeiros de secretária, materiais variados como celofane de várias cores, panos pretos, algumas maquilhagens e roupas, produziram fotografias fantásticas absolutamente.
E isto tudo num processo natural de aprendizagem numa escola secundária.
Quem me dera no meu tempo do 7ºano ter tido aulas destas em vez de aulas da treta onde não aprendi nada.
O site tem o documentário disponível em video. a qualidade da imagem não a melhor mas dá para ter uma ideia.


O documentário na BBC, , mostrava aulas de Educação Sexual nas escolas do Uganda.
Quisessemos nós portugueses (ou europeus) ter aulas daquelas nas escolas secundárias e as adolescente grávidas passavam para menos de metade.

Onde não há a barreira do catolicismo é mais fácil falar de coisas sérias.
Sem vergonha ou pudor, o professor aconselha as alunas (numa turma só de raparigas) a dizer não ao sexo pelo menos até acabarem a escola ou se casarem. É que todos os períodos escolares as alunas são sujeitas a um teste de gravidez feito por um médico e se estiverem grávidas não podem continuar a estudar, são expulsas da escola.

No Uganda há um ditado que diz que "As mulheres são como as bananas. Apanham-se assim que têm tamanho", assim há muitas raparigas (11 anos, 12 anos) que são seduzidas por homens bastante mais velhos que lhes oferecem lápis e cadernos ou doces em troca de relações sexuais.

Estas medidas tomadas pelas escolas têm sucesso porque as alunas querem continuar a estudar e não querem sentir-se excluidas. Evitam assim a propagação da Sida e a gravidez indesejada.